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  • Foto do escritorMarina_Pelegrini

A espiritualidade e o Ser

Sou formada em psicologia há dez anos, porém cada vez mais me dou conta de

como estamos em constante evolução.


Dito isto vejo a sociedade em conjunto com os aspectos do nosso mundo interior e

psíquico. O ser humano sempre buscou progredir, evoluir, descobrir; somos curiosos em

nossa natureza.

Porém o entendimento nem sempre vem da razão, mas do sentir e das experiências

que temos. A espiritualidade, independente de crença, busca trazer sentido ao Ser.


A própria ciência tinha base na espiritualidade como na alquimia, por exemplo.


A espiritualidade como expressão humana também é uma busca de entendimento,

mas através das crenças e sensações, vivências. É uma busca para se sentir completo.


Com o entendimento que nossos antepassados tinham dos acontecimentos

surgiram as mitologias, ensinamentos orais, rituais na tentativa de mudar sua realidade de

alguma maneira, pessoas inspiradoras (Buda, Ghandi, Jesus), livros sagrados, e tudo isso

serviu de norte para orientar essa expressão do Ser.


Quando eu escrevo Ser, com o S maiúsculo, me refiro a Ser-no-Mundo; conceito

heideggeriano onde se é no Mundo, vivendo dialéticamente, ao invés de apenas vagando

como um Ente sem sentido, e esse sentido é encontrado através da Desein ( aquele que

dá sentido às coisas, o ente dos entes).


No movimento iluminista a razão tomou conta do foco dos estudos, o homem passou

a ser o “centro do universo”, o único ser com inteligência e a ciência se afastou da

religião.


Com o movimento new age (nova era) espiritualista e o surgimento de comunidades

terapêuticas as pessoas tem buscado diversas opções além das religiões tradicionais

como orientação. O perigo mora quando nos deparamos com os tais “falsos profetas” que

cometem os mais diversos crimes em “nome da fé”. Muitas pessoas são manipuladas por

tais lideres pelo medo, mas também pelo charme e poder de comunicação que tais

apresentam.


Comunidades tóxicas buscam seguidores que não questionam, criam narrativas que

afastam da sociedade geral (geralmente com ideais megalomaníacos).

É importante, portanto, prestar atenção também no ambiente frequentado, se há

características de seita, se é um grupo de estudos espirituais, uma ordem, uma religião e

até mesmo práticas solitárias. É importante que o bem estar seja o movimentador da

busca pessoal de cada um.


Porém, dentro mesmo desse movimento há os que vão contra essa alienação

religiosa, onde a base não é uma pessoa com conhecimento messiânico, mas a

experiência de Sentido pessoal, usando métodos como meditação, aromaterapia e

relaxamento.


Acaba sendo importante também o questionamento pessoal: isso serve para mim?

Eu realmente vejo Sentido nisso (com relação a sentir também)? Me sinto feliz ou

obrigado(a)? Estou me sentindo invadido ao invés de encontrando meu próprio Eu? Esses

questionamentos nos ajudam também a não cair nas armadilhas da imposição de

crenças.


O Ser humano não é estático, parado, rígido, nós estamos em constante mudança

pelas nossas experiências e pelo próprio viver. Portanto, não basta apenas vagar por aí,

seja!

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